segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Quem será Miguel?



COMO SERÁ MIGUEL?

Quem é esse tal de Miguel?

É um bebê prematuro extremo, que nasceu com 32 cm e 720gramas. Pele aparentemente branca, olhos pretos e muito vivos.

E amanhã, no futuro, como será Miguel?

Será canhoto ou destro? Comportado ou levado? Gordinho ou magricela? Educado ou mimado e enjoado – ai não, por favor.

Será preguiçoso ou não vai parar quieto? Vai gostar de desenhos e livros? Bem que podia ser bom em matemática como o pai. E estudioso também.

Terá seqüelas das moléstias adquiridas na UTI? Deus queira que não.

Com certeza vai gostar de bicho assim como seus pais. E vai querer um cachorro. E o pior é que vamos dar.

Como será que vai falar? Já que tem um sotaque paulistano e um carioca na mesma casa. Vai torcer para o Botafogo ou para o São Paulo? Nada de Corinthians e Flamengo!

Será que vai gostar de praia? Essa ele não vai ter escolha.

E na hora que se juntar com o primo? Quanta farra. João Pedro e Miguel. Que dupla – Deus nos defenda!

Meu grande desejo é que ele seja uma criança educada. Que saiba sentar numa mesa e comer direitinho. Que tenha na boca as palavrinhas mágicas: “por favor”, “com licença” e “obrigado”.

Que ele respeite os mais velhos e mais moços também.

Quero que ele tenha personalidade própria e não siga nenhuma “tribo”, porque esses caras querem ser diferentes, mas são todos iguais entre si.

Que seja uma criança bacana e um cara divertido.

Mas, o que eu quero mesmo é que ele seja um homem de bem, e do bem. Que cresça saudável e se torne um adulto que faça diferença nesse mundo. Tenha uma profissão e uma família.

Hoje ele é meu passarinho. Sempre será. Um dia ele vai voar seguir seu próprio caminho. Mas por enquanto eu e Luciano temos a grande missão de criar e educar essa criança tão especial. Não é fácil. Talvez nunca seja. Mas às vezes eu queria que ele tivesse um botão para desligar. Só um pouquinho...

Miguel é meu passarinho e desde o dia 08/11/2010 está em casa. Isso é que importa. Eu e Luciano vamos ensinar a ele tudo de bom que aprendemos. E de ruim também. Ele precisa aprender a diferenciar. E vai saber.

Em casa ele já dança no meu colo ao som de samba carioca e Legião Urbana. Está aprendendo a sorrir e começa a emitir alguns sons bem bonitinhos.

Temos muitos médicos para ir e recomendações a seguir. Mas não nos intimidamos. Seguimos em frente. Mesmo com ele em casa, nossa vida não está fácil. As vezes nem almoço...

Mas estamos felizes. Nós três. Eu, Luciano e o passarinho...